Hematoma subcoriônico

          Como relatei na minha primeira postagem, estou aqui para dar mais alguns detalhes sobre o hematoma subcoriônico que segundo pesquisas recentes, atinge 25% das mulheres durante o primeiro e segundo trimestre da gravidez.

O que é?

Também chamado de desapego ovular parcial é uma anormalidade comum, sendo mais conhecido como hemorragia ou hematoma subcoriônico trofoblástica, como na figura acima, sendo visualizado em mais de 18% dos casos de ameaça de aborto. Clinicamente, o hematoma pode causar sangramento vaginal. Na ultra-sonografia, uma sombra em forma de meia-lua é observada adjacente ao saco gestacional com detritos . Pode ocorrer compressão do saco gestacional e deformação consequente. Na maioria dos casos, de uma a duas semanas de acompanhamento ecográfico são necessários, para confirmar a reabsorção do hematoma.

O hematoma ou hemorragia subcoriônico, é a acumulação de sangue dentro das dobras do córion (membrana fetal exterior, ao lado da placenta), ou dentro das camadas da própria placenta. Se ficarem muito grandes ou se não forem absorvidos, estas hemorragias ou coágulos podem causar o descolamento da placenta na parede uterina.

Quais são os sintomas? 

Sangramento pode ser um sinal, geralmente começando no primeiro trimestre. Entretanto, em muitos casos, o hematoma só é detectado durante a ultrassonografia de rotina, sem que haja sinais ou sintomas perceptíveis. Por isso, a ultrassonografia de primeiro trimestre é importante, tendo como um dos seus objetivos detectar a existência de hematomas subcoriônicos.

Como tratar?

Repouso  é único remédio podendo ser parcial ou absoluto, mas somente seu médico juntamente com um acompanhamento ecográfico poderá dizer por quanto tempo e se haverá necessidade de medicamento anti abortivos. Isso dependerá muito do tamanho do hematoma e da sua real dedicação no repouso, afinal, não é fácil ficar dias deitada em uma cama. 

Não se desespere

Aproximadamente 96% das mulheres que tem hematoma durante o primeiro trimestre, levam a gestação adiante perfeitamente saudáveis e sem complicações para os seus bebês. 

Uma surpresa

            Pra começar, vou contar pra vocês como foi no início de minha gestação. Desde o início de 2013 faço acompanhamento médico com várias especialidades médicas visando descobrir  a causa de uma constipação intestinal. Eu passei por várias especialidades médicas, fiz vários tipos de exames até que finalmente no início do mês de junho descobri que era portadora de esquistosomose. Durante a primeira consulta com a infectologista, ela me questionava sobre minha a ultima data da minha menstruação no qual já tinha  52 dias de atraso. Ela me disse que teríamos que fazer vários exames, inclusive um HCG por que se por acaso eu estivesse grávida não poderíamos começar o tratamento. Eu sorri e disse a ela que minha menstruação era totalmente desregulada, mas que com certeza eu não estaria grávida por que o meu marido tinha problemas quanto a produção de espermatozoides tendo assim a necessidade de passar por um tratamento. Ela sorriu e disse que mesmo assim precisaríamos fazer o exame.

           No outro dia fui ao laboratório fazer os exames e passei muito mal com queda de pressão, achei estranho, porque isso não costumava acontecer mas mesmo assim jamais cogitei a possibilidade de estar grávida. No mesmo dia acessei o resultado pela internet e fiquei sem entender nada, pois no outro exame que fiz na minha primeira gravidez só vinha escrito negativo ou positivo e este era qualitativo. Apesar de ter os valores de referência no exame procurei na internet por interpretações do exame, mas por mais que tudo indicasse que eu estava grávida eu me recusava á acreditar. Então pra tirar a cisma, comprei um teste de farmácia, que também deu positivo. No dia seguinte ainda levei o resultado no posto de saúde do bairro para confirmar com a enfermeira do posto que também me deu uma resposta positiva. 

 Ai, foi lindo quando realmente caiu a ficha! Pra nós era uma coisa impensável pro momento.

            

Primeira postagem

             Diário da gestante é um blog sobre gravidez, onde eu Ana Reis, relatarei todos os acontecimentos durante a minha gravidez, buscando também trazer informação sobre vários assuntos relacionados a gravidez, como planejamento, alimentação , exercícios físicos, enxoval e vários outros. 

Início complicado

           A ideia de criar uma blog, surgiu logo no início da minha gravidez. Eu tive um leve sagramento escuro no domingo, fui ao médico e ele me disse que era muito comum. Me pediu uma ultra-som e me liberou. Voltei pra casa com pulga atrás da orelha e comecei a tomar alguns cuidados a partir dai. Na segunda feira, consegui marcar a ultra-som somente para próxima sexta, mas algo me dizia que eu não poderia esperar, pois, na noite dessa mesma segunda o sangramento se repetia e já não era escuro e sim vermelho vivo. Desesperada fui para o hospital novamente e outra vez eu ouvi a mesma historia: é comum no início da gestação a mulher ter sangramento. Na terça feira eu tinha minha primeira consulta marcada e não foi diferente, minha médica reafirmou tudo que eu já tinha ouvido e ainda explicou que poderia ser uma fecundação tardia, sendo assim eu estaria menstruando e não tendo sangramento. Diante de tantas afirmações eu ainda não acreditei pois sangramento nunca é compatível com gravidez, mas mesmo não acreditando eu tive que ir trabalhar.

          

          Na empresa em que trabalho o elevador é usado apenas pelos administradores e todos os demais sobem de escada não importando sua condição física ou em qual andar você trabalhe, sendo assim, subi até o terceiro andar e iniciei minhas atividades como faço todos os dias. Uma hora depois comecei a sentir uma cólica leve, fui ao banheiro e vi que estava sangrando novamente. O desespero tomou conta de mim, eu não sabia mais o que fazer, o meu marido estava muito distante e pra piorar o nosso carro ainda estava na oficina, desesperada comecei a chorar e pedi minha supervisora que me liberasse e após relatar os acontecimentos a própria empresa tratou de me levar para o hospital onde fui atendida com urgência e me colocaram no soro para que eu pudesse esperar o médico da ultra-som chegar. Cheguei ao hospital as 11:30 e as 15:15 me chamaram pra fazer a ultra-som, o médico não demorou cinco minutos e me disse que eu estava com aborto retido. Fiquei desolada, me senti uma incapaz de defender um pequeno ser que estava dentro de mim, voltei para o quarto de observação e continuei no soro ate mais ou menos umas 17:30 quando novamente atendida pela médica que me disse que eu estava com um hematoma e que seria necessário fazer um acompanhamento ecográfico para ver se o feto estava se desenvolvendo, pois na ultra-som não tinha sido possível visualizar o feto tendo assim a possibilidade dele estar morto ou apenas estar pequeno demais para ser visto na ultra-som. Ela me receitou utrogestan, que são capsulas de progesterona pra ajudar a fixação do óvulo no útero, me recomendou repouso absoluto e me deu alta e um atestado de cinco dias.

          Confesso que saí do hospital sem entender nada, e só quando cheguei em casa que fui pesquisar sobre o assunto encontrei várias fontes, mas em um blog em especial explicava muito bem o que era o tal hematoma, assunto que vou falar na próxima postagem. Acredito que assim como eu, exista mais pessoas que ficam perdidas em determinados momentos e é exatamente por isso que estou criando este blog onde relatando todos os passo da minha gestação, talvez possa ajudar alguém que esteja passando pela mesma situação.

Além de relatar sobre minha gravidez, trarei também dicas e sugestões para uma gravidez saudável.